terça-feira, 26 de novembro de 2013

Como contratar um fotógrafo para o casamento



fotógrafo a fotografar noivos



Contratar um fotógrafo para o vosso casamento não é tarefa fácil, tudo depende do vosso orçamento, gostos pessoais, e o tipo de empatia que sentem com o trabalho do fotógrafo.
O fotógrafo estará convosco durante todo o dia do vosso casamento, por isso seleccionar um fotógrafo com o qual se identifiquem e se sintam à-vontade é fundamental.
Não se esqueçam que depois de um momento ser esquecido, resta-nos a fotografia, para nos ajudar a lembrar toques, sentimentos, momentos especiais e todos os detalhes do vosso casamento.

Escolher o estilo

Antes de qualquer tipo de decisão relativa à fotografia do vosso casamento, determinem qual é o vosso género de fotografia. Genericamente existem três tipos de fotografia, sendo cada fotógrafo mais, ou menos especializado num dos tipos:

os fotógrafos tradicionais de casamento, os fotógrafos especialistas em fotojornalismo e os que misturam ambos os estilos. Se gostam de fotografias com movimento, mais espontâneas, então o vosso fotógrafo inclina-se para um fotojornalista; se preferem o retrato tradicional, com mais pose e menos espontâneo, então o vosso fotógrafo será um fotógrafo tradicional de casamento. Se preferem uma mistura dos dois, pois então devem tentar encontrar um fotógrafo que faça a mistura.

Façam o trabalho de casa

Peçam referências a amigos ou a outros noivos, vejam os portfolios colocados nos sites e dêem uma vista de olhos a revistas do sector para determinarem o estilo que melhor vos assenta. Considerem também pedir sugestões a fornecedores da área do casamento, tais como o catering, o local da recepção, entre outros. Depois de se sentirem confiantes com o que desejam, marquem reuniões com pelo menos 5 ou 6 fotógrafos diferentes, cujo trabalho vos seja apelativo.

Candidatos todos ao mesmo nível

Revejam o portfólio de cada fotógrafo com olhos de águia, e não tenham medo de pedir imagens adicionais. Requisitem um álbum completo de pelo menos um casamento – desta maneira conseguirão fazer um juízo melhor do trabalho geral do fotógrafo e não só de imagens seleccionadas por ele. Durante a entrevista não se esqueçam que um casamento é longo, um dia emocionalmente intenso, e a amaneira como cada fotógrafo trabalha varia tanto como o tipo de estética usada nas suas fotografias. Seleccionem alguém cujo temperamento seja compatível com o vosso – ele vai passar todo o dia convosco!

Subcontratação do fotógrafo

Confirmem se vai ser o próprio fotógrafo a fazer as fotografias, ou se irá subcontratar um outro para o mesmo efeito; a sensibilidade de cada pessoa varia de acordo com a sua personalidade, e embora lhe possam garantir que as fotografias serão do mesmo género, a verdade é que o trabalho de um artista nunca é igual ao outro, por muito que usem as mesmas técnicas e contextos. Saibam também se no caso de o fotógrafo principal não poder comparecer por qualquer razão, quem o irá substituir, e peçam para conhecer essa pessoa e o seu trabalho.

Atenção ao contrato

Logo que encontrem alguém dentro do vosso orçamento, cujo trabalho vos tenha encantado, e sintam uma empatia de espírito, não tenham medo e dêem o passo final. Os bons fotógrafos tendem a ter a agenda cheia cedo. Antes de assinarem no fundo da folha, leiam tudo com muita atenção – levem o contrato para casa, e de preferência dêem-no a um advogado para dar uma vista de olhos. Ainda que isto não seja obrigatório, é aconselhável que o contrato tenha mencionado pontos fundamentais como: data do casamento, a quantidade de horas que o fotógrafo e seus ajudantes irão trabalhar, os custos das horas extraordinárias, o preço, a politica de cancelamento do contrato, tipo de fotografias, tipo de álbum, e quantidade de fotografias. O contrato deverá também mencionar os direitos de utilização das imagens – caso o fotógrafo seja dono dos direitos das imagens, saibam quanto tempo irá manter essas imagens.

Ao que tem direito

Quanto ao valor a pagar ao fotógrafo, este deve de ser explicado em detalhe pois os serviços variam muito. Alguns fotógrafos cobram um valor base, que inclui tudo, desde o tempo, produtos, até ao álbum final. Outros fotógrafos de casamento cobram à hora, e as impressões das fotografias são cobradas à parte. Tenham sempre muita atenção a este tipo de pormenores – o que parece barato pode tornar-se muito mais dispendioso no final. Se pretendem marcar o fotógrafo com muita antecedência, tenham a certeza que ele irá fazer o preço acordado nessa altura, e não o actualizar de acordo com o passar do tempo.

Pacotes

Muitos fotógrafos aconselham a escolher um pacote que inclui um certo número limitado de fotografias. Muitas vezes esta solução não é a melhor - se for usada película para fazer as imagens – um fotógrafo que esteja preocupado com a quantidade de fotografias que irá tirar, não estará a prestar a atenção necessária ao que se está a passar à volta dele.

Indumentária

Não se esqueçam de perguntar como é que o fotógrafo irá vestido para o vosso casamento – o vosso fotógrafo deve ser um convidado invisível, para conseguir as fotografias mais espontâneas e naturais.

domingo, 10 de novembro de 2013

Profundidade de campo

Em ópticaprofundidade de campo é um efeito que descreve até que ponto objetos que estão mais ou menos perto do plano de foco aparentam estar nítidos. Regra geral, quanto menor for a abertura do diafragma/íris (maior o valor f/x), para uma mesma distância do objecto fotografado, maior será a distância do plano de foco a que os objetos podem estar enquanto permanecem nítidos.
Deve-se salientar que só pode existir um ponto focalizado, e a profundidade de campo gera uma impressão de focalização nos elementos contidos em diversos planos.

Obtenção da profundidade de campo

Efeito da abertura no foco e profundidade de campo. Os pontos em foco (2) projetam pontos no plano da imagem (5), mas pontos a diferentes distancias (1 e 3) projetam imagens desfocadas. Diminuindo a abertura (4) a intensidade do desfoque é reduzida em planos fora do ponto de focagem, tornando tal desfoque imperceptível. Com a abertura menor todos os pontos estarão dentro da profundidade de campo.
A profundidade de campo depende da abertura do diafragma (ou íris, para as câmeras de vídeo) e da proximidade que se está do objeto a ser fotografado ou filmado. O diafragma é um mecanismo da objetiva, composto por várias lâminas justapostas, e que regula a intensidade de luz que entra na câmera. Conforme é feita esta regulagem na intensidade de luz, ela afeta a nitidez entre os planos, ou seja, a profundidade de campo. A abertura do diafragma pode variar entre fechado e aberto, dependendo somente da objetiva utilizada para determinar os valores. Outro fator que afeta a profundidade de campo é a distancia focal da objetiva a ser utilizada. Quanto maior a distancia focal, maior será a área desfocada, e vice versa. Por esse motivo é impossível conseguir grandes áreas desfocadas com objetivas grande angulares.
O valor do diafragma se dá através de números, conhecidos como números f ou "f-stop", e seguem um padrão numérico universal, iniciando se em 1, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22, 32, 45 etc. Cada numeração é 1,4x mais elevada que sua antecessora, sendo que os valores menores são os que representam maiores aberturas, que permitem maior incidência de luz. Entretanto, são os que darão uma menor profundidade de campo. O inverso é verdadeiro, portanto, os valores maiores representam os que permitem menor incidência de luz, e darão maior profundidade de campo.
Nas objetivas intercambiáveis de câmeras SLR, ou simplesmente reflex, há um anel regulável onde girando-o à esquerda ou à direita, seleciona se o número f (ou abertura) que lhe proporcionará a profundidade de campo desejada. Os números f são sempre apresentados em uma escala padrão. Quanto maior esse número, maior a profundidade de campo e por consequência, os elementos em diferentes planos ficarão nítidos.
Porém, independentemente da abertura escolhida, a proximidade que se está do objeto a ser fotografado é determinante para se ter uma grande ou baixa profundidade de campo na fotografia. Quanto mais próximo se está do assunto a se fotografar, menor será a profundidade de campo que se obterá.

Aplicações e consequências

Tendo conhecimento deste recurso, o fotógrafo poderá trabalhar com diversos planos, em diversas situações de luz.
A consequência da escolha do número f é o tempo em que a câmera necessitará para registrar a fotografia, dentro dos parâmetros que se deseja.
Numa situação de muita luz, seja no ambiente externo ou num estúdio bem iluminado, ao utilizar, por exemplo, um número f maior (ex: f/22), será necessário utilizar um tempo de exposição mais longo (controlado pelo obturador), o que pode propiciar que a fotografia saia tremida (se não for utilizado um tripé) ou com registro de movimento do assunto. Porém esta é a melhor situação de luz para se fazer estes ajustes da melhor maneira possível, tendo ainda por cima uma alta gama de tempos do obturador.
Já numa situação de pouca luz, como a noite ao ar livre, torna-se mais difícil realizar estas mudanças no diafragma, pois conforme o número f é diminuído, menor o tempo de exposição, porém há um limite sutil onde o registro pode ocorrer de maneira errônea, devido a falha na Lei de Reciprocidade Fotográfica, onde, numa situação de pouca luz, conforme há alteração no diafragma, a alteração correspondente necessária que seria feita no obturador pode não ser suficiente, devendo ser corrigida para mais ou para menos, dependendo do suporte utilizado (sensores digitais CCD ou CMOS, ou ainda os filmes fotográficos e sua incrível gama de opções.
A escolha da profundidade é uma das opções mais importantes quando se define a abertura e o tempo durante o qual que se expõe uma fotografia.
Por exemplo, para fotografar uma pessoa e isolá-la do fundo, usa-se a menor profundidade de campo possível através de um número f menor. Pelo contrário, ao fotografar uma paisagem grandiosa e querer que tudo o que se vê fique nítido, desde os objetos mais próximos até o infinito, deve se usar a maior profundidade de campo possível através do número f maior.