domingo, 21 de abril de 2013

Blu-ray X TV digital

No mundo das altas definições as vezes pode ficar muito confuso decidir o que comprar, o que vale a pena, qual funciona com qual e, principalmente, qual tem a melhor imagem. E nesse emaranhado de TVs e players para os mais diversos usos, soma-se a entrada de novas tecnologias no que diz respeito à transmissão de sinais de televisão e surge uma das principais dúvidas de hoje: a qualidade do Blu-Ray e da TV Digital é a mesma?

A pergunta é direta, mas a resposta, não. Portanto, antes de compararmos as duas tecnologias, primeiro é necessário saber do que estamos falando. Você sabe o que é TV Digital? Sabe o que é Blu-Ray? Se tem algo que qualquer consumidor precisa para fazer uma compra consciente é saber exatamente o que está comparando. Então vamos lá.

TV Digital
Trata-se de uma nova tecnologia de transmissão de sinal de televisão que pretende substituir a que temos hoje, a analógica. E não estamos falando da TV a cabo, e sim da TV aberta, aquela que você recebe o sinal através de antenas simples e vez ou outra já pegou alguém usando Bom Bril para melhorar o sinal que, dependendo de onde a TV se encontra, recebe muito chiado e interferência.

A TV Digital promete acabar com isso. Não haverá chiado, interferência ou “fantasmas” e, além disso, oferecerá áudio e vídeo em qualidade muito superior (e em widescreen), aumento da oferta de programas de TV e ainda serviços e aplicações até então inexistentes na TV aberta. Maior interatividade também faz parte do pacote de benefícios. Para ter uma ideia comparativa, a TV Digital fornecerá imagem e serviços basicamente da mesma forma que TVs por assinatura via satélite.
Apesar de todo este avanço, a TV digital continuará emitindo o sinal gratuitamente.

Blu-Ray
O nome significa “Raio azul” em inglês (o “e” do “blue” teve que ser retirado por questões legais), que é referência à cor do laser utilizado para ler os discos que, diferente do laser vermelho usado para ler DVDs, possui um diâmetro menor, conseguindo assim gravar mais dados, ou seja, num Blu-Ray cabe muito mais tempo de filme – em formato padrão – ou dados do que num DVD.
O carro-chefe do Blu-Ray, no entanto, é a qualidade de áudio e principalmente a de vídeo, com alta-definição de 1080p, ou seja, muito superior à do DVD.

Atenção ao fato de que a maior capacidade de armazenamento do Blu-Ray se torna obsoleta em questão de “tempo de filme” quando o filme ali gravado é em alta definição. Esses tipos de filme ocupam muito mais espaço em uma mídia, portanto não há como querer alta definição e mais tempo de filme - comparado ao DVD – simultaneamente.

Embolando os fios
Agora que já sabemos separadamente sobre cada tecnologia, vamos encarar as condições de funcionamento das mesmas. Em ambos os casos temos uma possível alta definição sendo transmitida, portanto precisamos de algo a altura para receber essa transmissão e exibi-la também em alta definição. Estamos falando do televisor.

Não adianta colocar o Schumacher num Fusca, ele só conseguirá tirar o máximo do fusca, mas não o máximo de si. Portanto precisamos de uma TV que consiga exibir tudo o que o Blu-Ray ou o sinal de TV Digital possa oferecer.
Especialistas afirmam que para extrair o máximo de qualidade de imagens transmitidas em alta definição, os televisores denominados Full HD são os indicados (A maioria dos novos modelos de TV hoje no mercado já são Full HD).
Além do aparelho televisor, é também necessário, no caso da TV Digital, um conversor para receber o sinal digital. Muitos aparelhos televisores já vêm com esse conversor integrado, portanto, atenção na hora da compra.

Blu-Ray x TV Digital
Agora é a hora da verdade. Temos um televisor Full HD, com conversor de TV Digital e um Blu-Ray player já conectado. Vamos ligar e assistir. Que tal? A qualidade é a mesma?
Sim e não. O Blu-Ray sempre vai transmitir imagens em alta definição, mas a TV Digital, não. Neste caso tudo dependerá da emissora, que nem sempre estará exibindo as programações em alta definição. O mesmo acontece se você colocar um DVD comum dentro de um leitor de Blu-Ray: a imagem vai ser exibida, mas não em alta definição. Resumindo: Tudo depende da fonte.
Assim também é com a TV por assinatura, que geralmente possui qualidade melhor que a TV aberta, mas que somente alguns canais, por enquanto, estão transmitindo em alta definição.
Além disso, não se trata somente da transmissão, e sim do próprio equipamento que os estúdios usam para captar as imagens. Não adianta (usando um exemplo exagerado) rodar um filme em Super-8 e transmiti-lo em sinal digital. A qualidade será ainda ruim.
No entanto, muitos especialistas profetizam que com o tempo todas as emissoras acabarão por produzir e transmitir somente em alta definição.

Desembolando os fios
O Blu-Ray chegou para aos poucos substituir o DVD. Já a TV Digital chegou para fazer o mesmo com a TV de sinal analógico. É a evolução da tecnologia, assim como aconteceu com as fitas K7, os VHS e os discos de vinil.
Não há como comparar definitivamente o Blu-Ray com a TV Digital, uma vez que diversos fatores externos são ainda responsáveis pela real qualidade de áudio e vídeo. Contudo, algo é fato: A qualidade do Blu-Ray é superior à do DVD e a qualidade da TV Digital é superior à da analógica, e da mesma forma que aderimos ao DVD e a TV analógica, sem comparar, o Blu-Ray e a TV digital chegaram para substituí-los e, consequentemente, aumentar a qualidade tanto dos filmes quanto da TV aberta.

sábado, 13 de abril de 2013

MPEG2 TS


MPEG-2 é um padrão de codificação para vídeo digital e áudio associado. O padrão descreve uma combinação de compressão para vídeo e áudio que permitem armazenar e transmitir filmes usando a largura de banda e capacidade de armazenamento atualmente disponíveis.

[editar]
Informações técnicas

O formato DVD-Video requer que a informação vídeo seja comprimida no formato MPEG-2. Este formato de compressão é usado para reduzir o total de informação armazenado dos elementos vídeo para um nível manejável. Essa compressão pode ser comparada ao JPEG da foto, ou ao MP3 do áudio, ou seja, apesar de o arquivo original receber uma compressão bastante elevada, a perda de qualidade pode passar despercebida aos olhos de um leigo. A qualidade de vídeo "Broadcast" ou "CCIR 601" requer aproximadamente 21 Mbytes por segundo de espaço de armazenamento, o que significaria que um disco DVD-5 (4,37Gbytes) poderia guardar apenas 3,7 minutos de vídeo sem compressão.
O vídeo comprimido em MPEG-2 tem uma resolução de 720x480 pixels por frame e uma cadência de 30 frames por segundo nos países com o formato de transmissão NTSC, ou uma resolução de 720x576 pixels por frame e uma cadência de 25 frames por segundo nos países com o formato de transmissão PAL. Os Arquivos MPEG-2 podem ser criados usando o processo de codificação CBR(Constant Bit Rate) ou VBR(Variable Bit Rate). Se é usado o processo de codificação Constant Bit Rate é necessário um bit rate de aproximadamente 6 Mbits por segundo para permitir que o vídeo comprimido seja tão bom como a fonte original CCIR-601. Se for usado o processo de Variable Bit Rate, pode ser usado um bit rate médio de 4 Mbits por segundo para que o vídeo comprimido gerado se pareça tão bom como a fonte original.
O vídeo CCIR-601 em componentes passa por uma série de pré filtros e por equipamento de análise espacial e temporal para gerar um sinal de vídeo digital de alta qualidade em componentes. O sinal digital é depois convertido do formato RGB em componentes para o formato Y/Cr/Br em componentes. Cada frame do vídeo digital é comprimido usando-se o algoritmo DCT (Discreet Cosine Transformation), que remove a informação redundante(Compressão Intraframe). De seguida cada frame é comparado com os frames anteriores e posteriores para eliminar a informação redundante entre os frames(compressão Interframe). Finalmente a informação de vídeo comprimido é formatada para cumprir com o standard do formato MPEG-2.
Um bit stream MPEG-2, é composto por uma sequencia de fatias, imagens e grupos de imagens( Group Of Images – GOP). Uma imagem MPEG-2 correspondem à resolução total de um frame, com duas fatias que correspondem a cada campo de um frame entrelaçado. Existem três tipos de frame codificados em MPEG-2. Um Frame I contém toda a informação requerida para reconstituir o frame original. As imagens subsequentes dentro do GOP(grupo de imagens) serão frames P ou B. Os frames P e B são frames “predictive”(que prediz), o que significa que eles só guardam as mudanças do frame anterior para o posterior. Um GOP é uma sequência de frames comprimidos que começa com uma imagem que é uma frame I. O formato DVD-Vídeo requer que um stream de vídeo digital comprimido em MPEG-2 não pode incluir mais do que 18 imagens em cada GOP. O numero de imagens em cada GOP é também chamado de tamanho do GOP(ou GOP size). O formato DVD-Vídeo também requer que a informação vídeo em MPEG-2 seja multiplexada com o áudio, subimagens, Imagens paradas e informação de controlo associadas.
Quando é usada uma codificação em VBR(Variable Bit Rate), o atual número de bits dedicados ao processo de codificação MPEG varia dependendo do conteúdo do stream de vídeo. Se o conteúdo da cena for uma pessoa falando com um fundo relativamente estático, poucos bits serão usados para descrever corretamente a cena. Se o conteúdo de vídeo for uma cena com muita ação e movimento, ou uma cena com muitos e pequenos detalhes, é necessário uma maior quantidade de informação para prevenir a introdução de artefatos digitais no arquivo de vídeo digital comprimido.
As técnicas de compressão de vídeo digital sujeitas a perdas (Lossy), como o MPEG-1 e MPEG-2, podem criar artefactos digitais durante o processo de compressão. Os artefactos digitais podem ser distorção da cor, degradação da cor, degradação do movimento, aumento do ruido, duplicação de frames, escadeado, geração de blocos(ou mosaico), etc. O artefacto digital mais comum gerado pelo vídeo comprimido em MPEG é o efeito de blocking ou mosaico. Este efeito é a presença de blocos padrão de 8x8 pixels no stream de vídeo comprimido que não fazem parte do vídeo original. O blocking é causado pelo uso do algoritmo DCT(Discreet Cosine Transformation), o qual opera em blocos de 8x8 pixels. Os artefatos de vídeo digital podem ser eliminados recorrendo-se a um variado conjunto de técnicas. A maioria deles podem ser eliminados aumentando-se o bit rate(quantidade de informação) médio usado na compressão dos conteúdos. A filtragem do stream de vídeo para eliminar o ruído de alta frequência é também uma técnica comum para reduzir os artefactos. Os artefactos podem ocorrer num único frame que pode ser retocado nos pixels que estiverem destorcidos, no entanto este processo é muito trabalhoso e demorado.